Sonho, medo, tentação súbita, acto impetuoso e irreflectido, desejo obscuro: a face oculta de um icebergue manifesta-se nas acções mais banais e quotidianas. A esta experiência está associada uma vertigem, uma tontura face a algo inexplicável e desconhecido.
É sob este signo vertiginoso que três personagens são colocadas num tempo e num espaço cujas coordenadas lhes são desconhecidas. Reféns de uma ficção, habitam um tempo indefinido, que se submerge em analepses e prolepses, e um espaço hermeticamente fechado, mas vigiado. A acção reside precisamente no desejo de descobrir e compreender este novo espaço-tempo.
Direção e Dramaturgia: José Nunes
Movimento e Assistência de Direção: Luís Miguel Félix
Interpretação: Joana Luz Figueira*, Rui Lima e Tânia Dinis